sábado, 17 de março de 2012

Que raios de jogos são esses?


Depois de ter visto 200 vezes o trailer de Jogos Vorazes finalmente me rendi ao prazer do livro. Acreditando que tinha passado o alvoroso lá fui eu ler. Mas ledo engano. Tinha uma galera junto comigo esperando a febre passar pra ler o bendito livro, mas né? Me juntei ao galerão e li o livro numa piscadela. Senta que lá vem a história.

Estamos num futuro distante. No lugar na América do Norte está Panem, que é dividida em 12 distritos (o 13º foi desimado para servir de exemplo contra a rebeldia) e a capital. Como forma de mostrar a superioridade do governo, todo ano são promovido os Jogos Vorazes. Onde um casal de cada distrito de 12 a 18 anos é escolhido para ir pra uma arena com o objetivo de lutar até a morte. Com apenas um vencedor.

É do distrito 12 que conhecemos nossa narradora (e protagonista), Katniss Everdeen. Katniss tem 16 anos e é quem sustenta sua família Isso porque depois da morte de seu pai, sua mãe se recolheu em um poço de tristeza e sua irmã Prim, precisava de apoio. Junto com seu melhor amigo Gale, Katniss, vive da caça ilegal da periferia do distrito chamada de Costura.

Se preparando para a 74ª edição dos Jogos Vorazes Katniss e Gale estão apreensivos pois seus nomes aparecem vezes demais na urna, mas pelo menos Prim tem um único papel pra concorrer. Mas, né? É óbvio que o destino ignora as probabilidades e é o nome de Primrose Everdeen é o sorteado. Não querendo que sua irmã participe de horrível experiência (não só pelo fato de repente morrer, mas ter que matar), Katniss se voluntaria para ir em seu lugar.

O outro escolhido é Peeta Mellark, o filho do padeiro. Que até então não tinha vinculo nenhum com nossa narradora, não fosse o fato de quando pequeno ele tenha apanhado da mãe para poder dar um pão para nossa heroina.

Os dois são levados para a capital e la conhecem sua equipe e começam os preparativos para o evento. Treinos, entrevistas e muito luxo e o que guia os tributos (como são chamados os participantes desse bizarro reality show chamado Jogos Vorazes) dias antes a ida pra arena.

A narrativa da autora Suzanne Collins é envolvente. Nos deixa grudado o tempo todo. Sempre ao final dos capítulos acontece alguma coisa bombastica que deixa aquela vontade de querer ler mais. O ponto fraco apenas que achei foi que pelo fato do livro ser narrado pela Katniss, o final (dela) se torna um pouco óbvio. O que é impresionante na escrita de Suzanne é que embora o livro fale de um massacre e de um futuro muito distante, ele nos faz parecer muito real, não só pela quantidade de detalhes na descrição da paisagem, mas como a maneira da narradora se referir aos outros personagens. Porque na vida real volta e meia a gente se esquece o nome de alguém e se refere a alguma pessoa por uma caracterisca. E isso é usado no livro. Como por exemplo a menina do distrito 5, que nós leitores não sabemos o nome porque a Katniss só reparou nela na arena e passou a chamá-la de cara de raposa. Talvez por isso o livro seja tão envolvente. Por mais surreal que seja, tem coisas que te puxam pra realidade. Livro é excelente com personagens fantásticos!

Bj, Menina Que Chove

4 comentários:

  1. Esse recurso de "nomear" os personagens por características, profissões, ou atos cometidos no início da narrativa, era usada também pelo queridíssimo Saramago.

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  2. Cada vez me interesso mais. Sério, assim que resolver meus horários que tão uma VAGUNÇA eu quero ler também, e nem li e já sou "Team Peeta", hehehehe

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  3. Já li Jogos Vorazes e Em Chamas, e adorei! A história é muito boa, e a narrativa da Suzanne é muito boa!! Estou louca pra ler A Esperança, e saber o fim dessa história...
    Adorei a resenha!
    Bjuss
    Paty Algayer - http://www.magicaliteraria.com/

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  4. Eu amo Jogos Vorazes. Todo evento que tem aqui em Recife eu vou, e geralmente ganho algo.

    É quase impossível não se apaixonar pela série, mesmo sendo modinha.

    Beijos!
    Arte Around The World

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