terça-feira, 19 de junho de 2012

Delirando!

Delírio é um livro que tinha me consquistado na sinopse. Eu tinha lido a sinopse e fiquei fascinada. Pensei: tenho que ler agora. E lá foi ele passar na frente de tantos outros livros que eu tenho numa pilha de livros pra ler. Mas ai acontece que primeiro me dá a sensação de quem lê uma distopia não precisa ler mais nenhuma. Porque no fundo todas as outras vão dar uma sensação de deja-vu porque a essência delas é a mesma.

Nesse contexto foi muito difícil não comparar com Jogos Vorazes. Então vamos as diferenças entre ambos. Jogos Vorazes nós temos uma história política onde no fundo enxergamos um romance. Delírio é o oposto: temos um romance onde lá no fundo enxergamos o mote político. A história das protagonistas só muda de rumo quando elas são espostas a uma determinada situação. Porque ninguém vai a lugar nenhum fazer nada por conta própria. Se a Lena é tão corajosa quanto a Katniss? Depende de como se vê. Mas o que me fez comparar imediatamente uma com a outra foi o amor. A Katniss vai se torna um tributo pra tentar salvar a Prim. Ela faz isso pelo amor dela pela irmã. E a Lena todas as ações dela são em memória do amor de sua mãe. E se Suzane Collins claramente se baseou na Roma antiga pra escrever sobre seus jogos, Lauren Oliver parece ter se baseado no nazismo pra escrever sobre o regime do “Shhh”.

Entretanto a narrativa de Delírio é bem arrastada. Assim como em Jogos Vorazes, boa parte da narrativa se passa na cabeça da protagonista. Mas o que faz o texto ser cansativo é a falta de ação. Por causa disso quando eu cheguei na metade do livro eu não tinha opião sobre o mesmo. Não sabia dizer se estava gostando ou odiando.

A temática é interessante. Estamos no futuro (o quão futuro não é citado e nem é nos dado nada que nos faça ter uma idéia de qual ano estamos) e o amor é uma doença. Nossa protagonista Lena vive em Portland (nos Estados Unidos da América). Assim que completam 18 anos (ou o mais próximo da data) os jovens fazem uma intervenção para se livrar da doença. Lena está com 17 anos e alguns meses. Ela vive corretamente sobre as regras desse governo ditatorial (onde tudo gira em torno dessa doença). Ao contrário de sua melhor amiga, Hana, que é fascinada com a resistência e com os inválidos (as pessoas que vivem na Selva – parte do país que não está cercada). Lena vive com medo da doença porque sua mãe foi “infectada” com a doença “delira”” e em quem tentaram fazer a intervenção 3 vezes, mas ela não conseguiu se livrar da doença. Prestes a ir pra 4ª intervenção, ela acabou suicidando-se. A vida de Lena é perfeita e uma contagem regressiva pra intervenção, até ela conhecer o sedutor Alex.

Acho que esse tema poderia ser melhor aproveitado. Até mesmo quando a história tem a sua virada de mesa lá pelo capítulo 20, acho que era algo que poderia ter rendido mais assunto no livro. Ainda quero ler a sequência “Pandemônio” (sem previsão pra lançamento aqui no Brasil) principalmente porque é uma triologia e eu quero saber como vai ficar isso tudo, mas o final não me agradou muito.

[SPOILER ALERT] Confesso que eu não acho o Alex o melhor personagem do mundo, mas eu quero ele de volta. Como faz?

Era isso... Meu beijo, Menina Que Chove

Um comentário:

  1. Ou, surgiu um certo interesse agora que fiquei sabendo melhor como é que é a história... Já tinha me interessado quando você falou que tava gostando e tals, mas agora achei beeeeeeeem legal.
    Tomara que a sequencia chegue ao Brasil LOGO!!

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