sexta-feira, 23 de março de 2012

Adaptação!

Tirando “O Diário de Bridget Jones” é a primeira vez que eu vou ver um filme cujo o livro eu li ANTES (todos os livros que viram filmes que li foram depois de ter visto os filmes). Mas aconteceu diferente. Com Bridget Jones eu conheci o livro, li, li a continuação e ai veio o filme muito tempo depois. Eu já era ultra mega fã quando fui ver o filme na pré-estréia. Com Jogos Vorazes aconteceu diferente. A capa do livro não me dizia a que vinha, o título não me agradava e eu não tinha estímulo. 200 vezes vendo o trailer meu estímulo foi criado ao menos para ver o filme. Tanto me falaram que comprei o livro pra ler quem sabe algum dia. Ai quando começou a vender os ingressos pro filme (duas semanas antes) comprei. Fui viajar e sentada no aeroporto comçei a ler não esperando muita coisa. Quando fui ver não conseguia mais me desgrudar do livro. Li rapidim. Um pouco mais lenta foi a lida de “Em Chamas” (segundo livro da série). Fui ver o filme sem ter lido a parte 3 de “A Esperança” (terceiro livro da série).

Então senta que lá vem a opinião sobre o filme. O post podem conter spoiler do livro ou do filme. Então se você não leu ou não viu o filme e se incomoda com isso, pare de ler aqui.

Ainda tá comigo? Ótimo então. Eu dei 4 estrelas no Filmow mais pelo caracter sentimental do livro do que pelo filme em si. Primeiro vamos as escolhas dos atores. Vi pessoas acusando a Jennifer Lawrence de ter cara de sem sal, mas se me permitem, acho a Katniss sem sal, então pra mim tá perfeita pro papel. O que mais me incomodou foi a atuação do Josh Hutcherson (que eu tinha adorado a performance dele em “Viagem 2 – A Ilha Misteriosa”) que não mostra nem 10% do carisma do Peeta. Na verdade ele transformou o Peeta num mongol gigante. Jacqueline Emerson escolhida pra representar a menina do distrito 5 tinha mais cara de raposa nas fotos divulgadas na rede do que na tela em si. E como o Josh não mostra o carisma da FoxFace. Porque a cena dela roubando comida dos carreristas só parecia uma menina correndo (não sei se pra quem só assistiu ao filme fez algum sentido). Enquanto no livro muita gente gostou dela ali, naquele momento. E eu particularmente não gostei da escolha do Lenny Kravitz pro papel de Cinna. Ele não faz jus ao carinho que Cinna tem com a protagonista.

Alguns pontos positivos no filme. Muito do que a Katniss conta no livro sobre os Jogos, no filme outros personagens ganham essas falas. Como por exemplo quem são e como agem os carreristas, no filme é explicado por Haymitch. Ponto pro filme é que como o livro é narrado pela Katniss só sabemos o que acontece aonde ela está. O filme nos dá o bônus de descobrir o que está acontecendo nos distritos e na capital enquanto na arena acontece o jogo. A Rue é minha personagem preferida e todas as cenas são lindas. A cena dela com as flores em volta é uma das mais bonitas de todo o filme. Embora eu achei que a aliança da Katniss com a Rue e os planos delas na tela não fizeram o menor sentido. Ai pecaram em não colocar a fala da Rue dizendo porque escolheu a Katniss como aliada por causa do Mockingjay e talvez uma voz-pensamento da Katniss fazendo uma ligação de Rue com a Prim.

O que eu mais queria ver no filme era como seria os rostos dos tributos mortos no céu (que nem apareceu de todos) e como se daria a “comunicação” da Katniss com o Haymitch dentro da arena.

E ai vem os pontos negativos do filme. Não gostei daquilo de bilhete porque, né? Com os bilhetes o romance com o Peeta não faz o menor sentido. Porque o bilhete mostra claramente para o público dos jogos que o romance é armado. Teria como mostrar de fato que ela entendia o que Haymitch queria dizer quando mandava alguma coisa? Acredito que não. Mas como muita coisa foi cortada preferia bilhete nenhum do que esses sem sentido. E uma cena que eu acho que era importante e que foi deixada de fora foi a cena do pão do distrito 11. Talvez a rebelião no 11 tenha sido pra substuir a cena do pão, mas que ela fez falta, fez. E depois que vi alguém escrever no Filmow que me dei conta, e a perna do Peeta??? Que venha “Em Chamas”!

Beijo, Menina Que Chove

Qual o seu trailer preferido?

Bom que eu saiba a função de um trailer é vender um filme, mas as vezes eu me pergunto se esse tipo de propaganda é bem usado. Já vi trailers que me fizerem acreditar que o filme era uma bosta (quando não era), já vi trailers que me fizeram acreditar que o filme seria incrível (quando na verdade o filme era uma bosta) e já vi trailers exibidos em excesso que me fizeram perder a vontade de ver o filme. Acho que dessas situações, a gente se sente mais lesado quando o trailer nos faz acreditar que o filme é incrível, quando na verdade não é. Como lidar com isso?

Não tem formula, né? Como diria Paulo Federal, o jeito é trabalhar a frustração e ponto. Toda vez que eu penso em trailer, penso no filme O Amor Não Tira Férias, onde o papel da atriz Cameron Diaz (Amanda Woods) é dona de uma próspera agência de publicidade especializada na produção de trailers de filmes. Muita gente pensa que fazer trailer é uma coisa boba é fácil. Eu discordo. Ao meu ver fazer trailer é uma arte que não é muito valorizada. Fazer um trailer bom de um filme bom é fácil. Mas fazer um trailer bom de um filme ruim é tirar leite de pedra. Como vender um produto que você sabe que não é grandes coisas?

Eu quero nesse post comentar alguns trailers que me deixaram incomodada por algum motivo. E acredito que eles representam uma categoria específica. Vamos a eles.




Bora começar com “A Filha do Mal”. Acredito que todo mundo que seja fã de filme de terror e que viu o trailer, ficou maluco. Eu tô incluida. E ai fui mega empolgada pro cinema. Mas ai... Descobri o motivo do trailer ser tão bom: todas as cenas boas estão nele. O resto do filme não faz o menor sentido. Trailer de jeito. Mega leite de pedra. Um dos piores filmes de terror que já vi na vida. Terminou com a sala de cinema inteira falando: jura que termina assim???

Jogos Vorazes
(O YouTube não está me permetindo incorporar o trailer de Jogos Vorazes, mas é só clicas no link acima)

A primeira vez que eu vi um trailer de Jogos Vorazes (que nem foi esse ai de cima, foi um outro mais confuso) fiquei com vontade de ver o filme e de até ler o livro antes. Só que todo lugar que eu ia lá estava o “maledeto” trailer de Jogos Vorazes me assombrando. Li o livro porque todo mundo falava super bem e pelo livro descobri que o filme não vai ser grandes coisas. Porque a parte interessante do livro são os pensamentos da protagonista. Eu fiquei com vontade de ler o livro por insistência de gente conhecida, mas pelo excesso de vezes do trailer apenas teria desistido de ver o filme.



A primeira vez que ouvi falar de Centopéia Humana foi em um dos videos do Omelete. Ouvi falar por alto. Tinha até marcado no Filmow como um dos filmes que eu queria ver. Mas ai não lembro se foi em um Nerdcast ou em um Nerdoffice que o Azaghâl viu só o trailer de Centopéia Humana e achou pertubador. Só ai que eu fui procurar assistir ao trailer. E caraca... 3 noites sem dormir?!? O que me faz querer entender. Um trailer teoricamente é pra vender um filme. Fazer você querer assistir a um filme. Sério, quem vê esse trailer e pensa: maneiro, taí um filme que eu quero ver. Eu não vi o filme, então não posso falar muito, mas acho que o trailer eles exageraram um pouco no terror. Mesmo gente que gosta de filme de terror que eu conheço e viu esse trailer, achou horroroso.



E o trailer que eu mais vi na vida. Sem sacanagem. Devo ter visto ele umas 200 vezes nas 12 horas que eu fiquei na fila pra ver o filme. O trailer passou em looping e eu entrei na sala do cinema crente que ia assistir o pior filme da saga. Porque, né? Esse trailer não diz nada com nada. Mostra um monte de cena impactante, mas não conta uma história. Parece um monte de cena aleatória. Porque quando você assiste ao filme as melhores cenas não são as de ação, mas sim as emocionais. E tirando a cena das mãos da Tonks e do Lupin (que pra quem não leu um livro e não assistiu aos outros filmes não signifa nada) não tem nada no trailer que diga: ah, esse é um filme emocionante.



E por último vamos encerrar o post com a pior propaganda da face da terra. A primeira vez que eu vi o trailer da Mulher de Preto foi esse ai de cima (a pior propaganda de todos os tempos na minha opinião) no cinema mesmo. Vamos lá? Acompanha comigo. O trailer diz: “Daniel Radcliffe, astro de Harry Potter”. Ok. Pessoas que vão/foram ver “A Mulher de Preto” por causa de Daniel Radcliffe SABEM que ele é astro de Harry Potter porque o guri não fez outra coisa de relevância na vida até então. Certo? Outro ponto, pessoas fãs de suspense talvez não liguem o nome Daniel Radcliffe a Harry Potter porque, né? Sei lá... Vai saber... Eu mesma, antes de ler/assistir Harry Potter não sabia que ele se chamava Daniel o que dirá Radcliffe, mas enfim... Seguindo a lógica. O público de suspense não é o mesmo de Harry Potter (talvez 1% goste de ambos – eu tô incluida nesse 1%). Pessoas que vêem esse trailer e ouçam o astro Daniel Radcliffe podem passar por cima da informação, mas ao ligar o nome a Harry Potter é provável que faça as pessoas desistirem de ver o filme. Preconceito existe. Eu mesmo tinha antes de ler os livros. E confesso que se não tivesse lido nada, o preconceito teria me feito desistir de assistir “A Mulher de Preto”. O que nos leva a: conheça o público para quem você está vendendo o trailer.

Quantas vezes nos sentimos enganados por esse tipo de propaganda? Quantas vezes você já teve vontade de pedir o dinheiro do ingresso de volta por causa de um trailer? Quantas vezes você não deu nada por um filme por causa da propaganda e ficou surpreso? È pra pensar!

Meu beijo, Menina Que Chove

sábado, 17 de março de 2012

Que raios de jogos são esses?


Depois de ter visto 200 vezes o trailer de Jogos Vorazes finalmente me rendi ao prazer do livro. Acreditando que tinha passado o alvoroso lá fui eu ler. Mas ledo engano. Tinha uma galera junto comigo esperando a febre passar pra ler o bendito livro, mas né? Me juntei ao galerão e li o livro numa piscadela. Senta que lá vem a história.

Estamos num futuro distante. No lugar na América do Norte está Panem, que é dividida em 12 distritos (o 13º foi desimado para servir de exemplo contra a rebeldia) e a capital. Como forma de mostrar a superioridade do governo, todo ano são promovido os Jogos Vorazes. Onde um casal de cada distrito de 12 a 18 anos é escolhido para ir pra uma arena com o objetivo de lutar até a morte. Com apenas um vencedor.

É do distrito 12 que conhecemos nossa narradora (e protagonista), Katniss Everdeen. Katniss tem 16 anos e é quem sustenta sua família Isso porque depois da morte de seu pai, sua mãe se recolheu em um poço de tristeza e sua irmã Prim, precisava de apoio. Junto com seu melhor amigo Gale, Katniss, vive da caça ilegal da periferia do distrito chamada de Costura.

Se preparando para a 74ª edição dos Jogos Vorazes Katniss e Gale estão apreensivos pois seus nomes aparecem vezes demais na urna, mas pelo menos Prim tem um único papel pra concorrer. Mas, né? É óbvio que o destino ignora as probabilidades e é o nome de Primrose Everdeen é o sorteado. Não querendo que sua irmã participe de horrível experiência (não só pelo fato de repente morrer, mas ter que matar), Katniss se voluntaria para ir em seu lugar.

O outro escolhido é Peeta Mellark, o filho do padeiro. Que até então não tinha vinculo nenhum com nossa narradora, não fosse o fato de quando pequeno ele tenha apanhado da mãe para poder dar um pão para nossa heroina.

Os dois são levados para a capital e la conhecem sua equipe e começam os preparativos para o evento. Treinos, entrevistas e muito luxo e o que guia os tributos (como são chamados os participantes desse bizarro reality show chamado Jogos Vorazes) dias antes a ida pra arena.

A narrativa da autora Suzanne Collins é envolvente. Nos deixa grudado o tempo todo. Sempre ao final dos capítulos acontece alguma coisa bombastica que deixa aquela vontade de querer ler mais. O ponto fraco apenas que achei foi que pelo fato do livro ser narrado pela Katniss, o final (dela) se torna um pouco óbvio. O que é impresionante na escrita de Suzanne é que embora o livro fale de um massacre e de um futuro muito distante, ele nos faz parecer muito real, não só pela quantidade de detalhes na descrição da paisagem, mas como a maneira da narradora se referir aos outros personagens. Porque na vida real volta e meia a gente se esquece o nome de alguém e se refere a alguma pessoa por uma caracterisca. E isso é usado no livro. Como por exemplo a menina do distrito 5, que nós leitores não sabemos o nome porque a Katniss só reparou nela na arena e passou a chamá-la de cara de raposa. Talvez por isso o livro seja tão envolvente. Por mais surreal que seja, tem coisas que te puxam pra realidade. Livro é excelente com personagens fantásticos!

Bj, Menina Que Chove